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Editorial

A ideia dessa série de reportagens é que sirva como um guia prático para quem quer conhecer outras possibilidades no jornalismo além da produção de conteúdo. O objetivo segue o mesmo: levar informação de qualidade às pessoas. Apenas as ferramentas são outras. Aparece aí o uso da tecnologia como nova forma de fazer isso. E também, a prática multimídia e o conhecimento do jornalismo enquanto produto. Essas características dão origem ao profissional que chamamos de jornalista MTP

A linguagem dos textos é simples e sem enrolação — fica só o essencial sobre cada um dos tópicos. O mesmo vale para o uso de recursos multimídia, que aparecem aqui e ali para contribuir com um ou outro entendimento, quando necessários. Seguindo esse caminho, fica aqui um mapeamento das áreas em que o jornalista MTP pode atuar: multimídia e redes sociais — enquanto parte do comportamento do profissional — e SEO técnico, experiência do usuário, jornalismo de dados, checagem de fatos e métricas — como áreas com presença forte da tecnologia. Também, uma descrição de quem é ele e quais as correlações entre as áreas mapeadas — que dão origem a um ecossistema.

Essa série de reportagens começou como um panorama do uso de tecnologia por jornalistas, com base em veículos do Brasil. Mas, conforme as entrevistas se desenrolaram, se tornou difícil explicar do que se tratava. Quem é esse tal jornalista que sabe tanto de tecnologia? As próprias fontes demoraram a entender o tema estudado. Pareciam se enxergar muito mais como uma exceção, que como parte de um fenômeno.

Conforme as explicava, percebiam que talvez conhecessem mais um ou outro jornalista com as mesmas habilidades. Luiza Baptista, editora executiva de estratégia digital do O Globo e Extra, se lembrou de Luiza Barros, editora de audiência da Aos Fatos. Flavia Menani, jornalista e cientista de dados no UOL, cujo contato veio por meio de Thaís Teles, jornalista e cientista de dados na Editora Globo, sugeriu que conversasse com Gabriel Zanlorenssi, que usa a linguagem de programação R como editor de gráficos no Nexo. Isso só para falar em algumas das conexões, que não param por aí.

 

De jornalista em jornalista, se criou uma teia de profissionais, que cada vez mais ocupam áreas no jornalismo que vão para além do conteúdo. É o que chamamos aqui de jornalista MTP. E quando um acontecimento se repete vezes o suficiente para chamar atenção, é válido apontar que não se trata de um fato isolado, e sim um fenômeno. O objetivo dessas reportagens é apontar o uso da tecnologia por jornalistas como tendência. Fica aqui a aposta: sim, ele tende a aumentar.

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